quarta-feira, 6 de dezembro de 2017

A minha rua torta que se chama Direita: Desabafo de um morador sobre um local ‘lastimável, letárgico, sujo e de calhaus soltos’!

Carta enviada via email à nossa redação por um leitor com o pedido de publicação: 
“-Hoje gostaria de falar sobre a minha rua, Rua Direita do Monte, onde resido há cerca de 40 anos! 
Foi uma das principais vias de entrada na Figueira da Foz tendo já passado por várias situações de mudança de nome. Começou a ser construída em 1732 tendo sido inicialmente designada por Estrada das Lamas, passando depois por alguns outros toponímicos como Estrada para a Várzea, Rua do Monte, Rua Direita das Lamas até chegar à designação atual. Rezam ainda os escritos que esta era ‘’uma rua sobre as suas praias e penedias, e que era em grande parte terreno baldio’’. 
Atualmente dá continuidade à Ladeira do Monte, que começa na Praça 8 de Maio, terminando na Rua 10 de Agosto. 
Dá possibilidade de estacionamento grátis, uma raridade nesta zona, pelo que a frequência de viaturas é enorme. Trânsito então não se fala, a procura de lugares não perdoa, além de servir de passagem da Praça 8 de Maio para a ruas Fernandes Tomás e Saraiva de Carvalho, via parte final da Rua 10 de Agosto. 
 Aqui passa muita gente servindo também de passagem a muitos estudantes, pois representa um atalho para as diversas escolas. 
Seria, portanto, fácil de ajuizar que esta era uma rua agradável, sossegada, limpa e bem cuidada, com algum movimento, rodoviário e pedonal. Mas a realidade não é essa, a realidade alarmante é o comprovado facto de como as entidades responsáveis – se é que as há! - decretam um total abandono a esta rua, mantendo-a durante vários anos em estado letárgico e lastimável, conforme se pode entender pelas seguintes situações: 
1) Entrada pela Ladeira do Monte (placa toponímica logo no primeiro edifício à esquerda), chegando propriamente à Rua Direita do Monte conforme placa identificativa no edifício do lado esquerdo. Meia dúzia de metros adiante, do lado direito, no muro atrás dos contentores do lixo, uma velha placa indicando novamente Ladeira do Monte, seguindo a rua até ao seu final, onde se encontra nova placa já com a designação correta de Rua Direita do Monte (ufa)! 
2) Os contentores do lixo, quase sempre a abarrotar, estão em estado miserável de limpeza, e todo o chão à sua volta é um amontoado de porcaria, pois ninguém faz limpeza naquele sítio; 
3) A própria rua, toda ela, parece mesmo comprovar que se está numa zona de ‘penedias’ tantos são os buracos, os remendos apressados de alcatrão, os altos e baixos da estrada, não sendo necessário ir para o mar para ver acontecer aqui algum ‘naufrágio’ um dia destes; 
4) O estacionamento ao começo da rua, do lado esquerdo, tem um piso muito ‘sui generis’, todo ele constituído por calhaus soltos; 
5) As valetas de escoamento das águas do lado esquerdo da rua, por vezes, parecem pântanos camuflados tal o amontoado de ervas e matagal. Do lado direito parece ainda pior, com valetas entupidas, águas estagnadas e sujas, pois ninguém desentope as passagens das mesmas. Àh, falta acrescentar que o funcionário camarário que aqui passa, supostamente para limpar a rua, olha mal só para um dos lados, e a velocidade com que entra na ladeira é a mesma com que passa por toda a rua, raramente efetuando qualquer limpeza. 
6) Estão em exposição alguns edifícios em estado deplorável mas com portas ou tapumes muito criativos, restos de portões, chapas de alumínio velho, meias portas e até paletes. 
7) A porta da caixa dos Serviços de Incêndio existente na parede do Fozcenter encontra-se partida e saída para fora mesmo a jeito de levar pontapés de quem passa; 
8) Ao fundo da rua, na parte final do lado direito, o passeio calcetado está cheio de montes de excrementos de pombas que param nas janelas dos velhos edifícios ali existentes; 
9) Por último, a rua sempre teve uma deficiente iluminação! 
Será que nesta rua, tão próxima da Câmara Municipal, não passam nenhuns ‘olheiros’, ou fiscais, ou lá como lhes queiram chamar, isto se é que os há!? É que é vergonhoso como os seus habitantes, pagando os seus impostos, só têm direito a incúria e falta de responsabilidade! 
Carlos Lebre, Rua Direita do Monte, Figueira da Foz”

6 comentários:

Anónimo disse...

Cada um tem o que merece votaram na continuidade ai está o resultado.

Anónimo disse...

A sujidade que sai do cano de esgoto do seu prédio com pelos de cão e/ou terra (originária do recuado, de sua pertença ou do seu familiar)e que é lavado a qualquer hora do dia sem ligar ao Regulamento Municipal (que proíbe tal ato)... Será que não contribui em nada????...

Anónimo disse...

PORQUE NAO ESCREVE PARA TAXAS.LICENÇAS@CM-FIGFOZ.PT.

OU ENTAO VAI AO GABINETE DO UTENTE E RECLAMA. ISTO CHAMA-SE CIDADANIA!!!

Anónimo disse...

Será que está gente não sabe que NAO adianta escrever para a câmara????? Se calhar por isso é que o desabafo veio aqui parar!!!!!

marta disse...

O anónimo de 8/12/17 02:07 deve ter algum ressabiamento especifico, porque nem terra nem pêlo sai pelo cano porque o terraço nem tem terra nem o cão para lá vai. Quem fala sem saber deve ter outras razões mas que nem sabe bem por onde pegar então inventa... enfim...

Marta Beja
(não me escondo em anonimatos)

Anónimo disse...

Reporto-me ao comentário anónimo datado de 08.12, sem querer no entanto entrar em polémicas avulsas e estéreis. No entanto, dado o cariz insidioso que lavra neste comentário, cumpre-me dizer que é natural que algum pêlo de cão possa contribuir para o entupimento do bocado de valeta, mas nesta altura o animal já estaria todo pelado. Por outro lado , no caso particular deste bocado de valeta, eu próprio já o tenho desentupido várias vezes, pelo que estou confortavelmente ciente de que nada tenha contribuído para que, e se, neste caso algo de anormal acontece neste trajecto da valeta. Aliás, como as fotos bem o demonstram, não era este trecho da valeta que estava a ser focado, mas sim outros mais acima onde é bem visível o entupimento e águas, de lavagens até, concentradas durante vários dias. Quanto ao cano de esgoto da minha casa, eu diria antes do prédio onde resido, não creio estar a ser dirigido exteriormente para a rua, se não o caso seria bem mais grave e a rua seria uma autêntica porcaria. Quanto aos Regulamentos Municipais , que este anónimo parece conhecer bem, não creio estar a serem ofendidos por qualquer prática. Decerto que este anónimo ‘’paraquedista’’ nesta rua, conhecendo os Regulamentos, pudesse verificar quantas vezes foram infringidos regulamentos de limpeza e segurança desta rua por si próprio, pois se aqui fosse residente decerto se preocuparia mais com o seu estado de limpeza e conservação. Além disso, tanto quanto se me dá a perceber, o cão que larga pêlos que entopem a valeta (???) parece que não fuma, caso contrário também lhe seriam imputadas as centenas de pontas de cigarro, essas sim, que podem obstruir a passagem da água, pois alguém faz deste bocado de valeta o cinzeiro da rua. Por último, este particular e específico apontamento crítico deste anónimo, que neste caso em especial, poderia ter tido um verdadeiro assomo de coragem e assinar o infeliz comentário, tal como eu o faço. O anonimato, nesta específica situação, é acto de cobardia.
Carlos Lebre

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